O Brasil comemora, em 26 de setembro, o
Dia Nacional dos Surdos. A data foi criada pela Lei nº 11.796/2008, há apenas
dois anos, e deveríamos aproveitá-la para refletir sobre a inclusão das pessoas
com deficiência auditiva na sociedade brasileira e perguntar se elas estão
tendo seus direitos respeitados.
Uma das melhores formas de incluir os
surdos na sociedade é tornando possível a comunicação deles com as demais
pessoas. Para isso existe a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Você
provavelmente já viu na TV um intérprete de Libras fazendo sinais com as mãos
para traduzir as informações faladas para aqueles que não podem ouvir. É
principalmente por meio da Libras, e também da leitura labial, que os surdos
podem entender o que é dito ao seu redor.
O Decreto 5.626/2005 torna obrigatórios
o ensino da Língua Brasileira de Sinais nos cursos de formação de
professores e a educação bilíngue nas escolas onde estejam matriculados alunos
com deficiência auditiva. Ele também obriga os órgãos públicos a terem
intérpretes de Libras para facilitar o atendimento aos cidadãos surdos.
Intérprete
de Libras
Mas, infelizmente, muitas dessas
medidas, que deveriam ajudar na inclusão dos surdos, ainda não foram
implantadas. Se você já perdeu a oportunidade de ser amigo de um coleguinha
surdo porque não sabia como se comunicar com ele, que tal fazer um curso para
se tornar intérprete de Libras?
Além da possibilidade de fazer novos
amigos, você provavelmente terá um amplo mercado de trabalho, pois a lei dá um
prazo de até 10 anos para que todas essas medidas sejam adotadas pelas
universidades, escolas e órgãos públicos. Além de um emprego, você terá a
oportunidade de ajudar os surdos a saírem do silêncio e integrarem-se na
sociedade.
Para falar sobre a língua dos sinais, a Turminha do MPF entrevistou Cláudia
Parada, servidora da Procuradoria Geral da República e aluna do 5º semestre do
curso de bacharelado em Letras/Libras, da Universidade Federal de Santa
Catarina, Pólo UnB.
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